O Encanto de Giverny e o Legado de Monet
Imagine-se caminhando por uma pequena vila francesa, onde a brisa suave carrega o aroma de flores vibrantes, e cada canto parece inspirado em uma obra de arte. Giverny, com seus jardins e paisagens bucólicas, não é só um lugar; é um pedaço do mundo de Claude Monet, um dos maiores nomes do Impressionismo. Para quem ama arte, especialmente a delicadeza das cores e a sensação de movimento da natureza que Monet capturou em suas telas, visitar Giverny é como entrar em um quadro vivo.
Por que tantos amantes da arte e viajantes incluem Giverny em seus roteiros? A resposta vai além das belas paisagens: é uma oportunidade de mergulhar no universo pessoal de Monet, entendendo melhor como ele viveu e o que o inspirou. Desde sua casa colorida até os jardins que ele mesmo planejou e cultivou, Giverny se tornou, mais do que qualquer museu, o legado mais íntimo do artista.
Neste artigo, você encontrará tudo o que precisa para fazer sua visita de Paris a Giverny ser verdadeiramente memorável. Vamos explorar juntos o melhor caminho para chegar até lá, o que você encontrará nos cômodos da casa de Monet, e os segredos escondidos em cada canto dos seus jardins. Se você é fã da obra de Monet ou apenas busca uma experiência autêntica e encantadora na França, prepare-se para descobrir por que uma viagem a Giverny é, sem dúvida, um dos passeios mais inspiradores que você pode fazer.
Como Chegar: O Caminho de Paris a Giverny
Para quem está em Paris, Giverny é uma excelente opção de passeio de um dia, proporcionando uma pausa revigorante da agitação da cidade e uma imersão na natureza e na arte de Claude Monet. Localizada a cerca de 75 km da capital francesa, Giverny é facilmente acessível por diversos meios de transporte. A seguir, detalho as melhores formas de fazer o trajeto, com dicas práticas para aproveitar ao máximo essa experiência.
Trem: A Opção Mais Prática e Popular
A maneira mais rápida e prática de ir de Paris a Giverny é de trem. Siga para a estação Gare Saint-Lazare, uma das principais estações de Paris e a mesma que Monet frequentemente utilizava em suas viagens. De lá, você pegará um trem para a cidade de Vernon, localizada a apenas 7 km de Giverny.
Dicas para a viagem de trem:
- Duração: A viagem de trem de Paris a Vernon leva cerca de 45 minutos.
- Bilhetes: Compre os bilhetes com antecedência, especialmente durante a alta temporada (primavera e verão), quando há mais visitantes em Giverny. Você pode adquiri-los online ou nas bilheteiras da Gare Saint-Lazare.
- Horários: Consulte os horários no site da SNCF (a empresa ferroviária nacional da França), pois os trens partem em intervalos regulares.
Ônibus ou Táxi de Vernon até Giverny
Após chegar em Vernon, você terá duas opções para concluir o trajeto até Giverny. A primeira é pegar um ônibus que conecta a estação de trem ao vilarejo, com horários geralmente alinhados com a chegada dos trens. Outra alternativa é tomar um táxi, que, apesar de ser uma opção um pouco mais cara, oferece mais conforto e rapidez.
Dicas adicionais:
- Ônibus: A viagem de ônibus leva em torno de 15 minutos, e você será deixado próximo à entrada dos jardins de Monet.
- Táxi: Para quem prefere um trajeto direto, o táxi leva entre 10 e 15 minutos, e a corrida custa aproximadamente €15-20. Uma dica útil é dividir a corrida com outros visitantes, caso estejam dispostos, já que o táxi pode acomodar até quatro pessoas.
Carro: A Opção Para Quem Prefere Autonomia
Alugar um carro em Paris e seguir até Giverny pode ser uma excelente escolha para quem valoriza flexibilidade e deseja explorar outros pontos turísticos ao longo do trajeto. A viagem de carro dura cerca de 1h30min, dependendo do trânsito. O caminho até Giverny é bem sinalizado e oferece paisagens encantadoras da região rural da Normandia.
Dicas para quem vai de carro:
- Estacionamento: Giverny oferece um estacionamento gratuito para visitantes perto da entrada dos jardins de Monet, mas ele pode lotar rapidamente durante a alta temporada. Chegar cedo é a melhor forma de garantir uma vaga.
- Roteiro adicional: Com um carro alugado, você também pode visitar outros pontos de interesse na região, como o Castelo de La Roche-Guyon, uma joia histórica a poucos quilômetros de Giverny.
Excursões Organizadas: Conforto e Comodidade
Para quem prefere uma opção sem preocupações, há várias empresas de turismo em Paris que oferecem excursões de um dia para Giverny. Essas excursões geralmente incluem transporte de ida e volta em ônibus ou vans confortáveis e, em alguns casos, ingressos para a Casa de Monet e os jardins. Além disso, algumas excursões combinam o passeio a Giverny com uma visita a Versalhes, criando uma experiência cultural rica e variada.
Prós e contras das excursões:
- Prós: Comodidade, sem precisar se preocupar com transporte e logística. Guias locais costumam oferecer informações interessantes sobre a história e as curiosidades do local.
- Contras: Menos flexibilidade para explorar Giverny no seu próprio ritmo, pois os horários são fixos.
Dentro da Casa de Monet: Um Olhar Sobre os Espaços Pessoais do Artista
Chegar aos portões da casa de Claude Monet em Giverny é como entrar em uma cápsula do tempo que preserva a essência e os gostos do artista. Diferente de muitos museus tradicionais, onde a arte está distante do visitante, a casa de Monet permite que você se aproxime do cotidiano e das inspirações de um dos maiores pintores do Impressionismo. Cada detalhe, desde as cores das paredes até os objetos cuidadosamente dispostos, revela um pouco mais sobre o mundo íntimo de Monet e seu modo de vida.
A Entrada e o Hall
Assim que você cruza a entrada da casa, percebe que Monet tinha um senso estético afiado não apenas na pintura, mas também no design de interiores. O hall de entrada é acolhedor e vibrante, e cada cômodo parece fluir para o próximo em uma combinação harmoniosa de cores e formas. Monet tinha uma preferência clara pelo uso de cores fortes e naturais, o que é visível em toda a decoração da casa.
A Cozinha Azul: Uma Obra de Arte à Parte
A cozinha de Monet é um dos pontos altos da casa, conhecida por seu estilo distinto. As paredes são revestidas em azulejos azuis de Rouen, e a decoração em tons de azul e branco dá um ar de serenidade e frescor ao ambiente. Este é um exemplo de como Monet valorizava a estética em todos os detalhes da sua vida – para ele, a cozinha também era um espaço de beleza e inspiração.
O fogão de ferro fundido e os utensílios de cobre pendurados nas paredes tornam o ambiente ainda mais encantador. É fácil imaginar Monet ali, talvez planejando o próximo quadro ou simplesmente absorvendo a energia calma de sua própria casa.
A Sala de Jantar Amarela: Vibrante e Inusitada
Outro cômodo impressionante é a sala de jantar, pintada em um tom de amarelo intenso, que talvez surpreenda alguns visitantes, mas que reflete o gosto ousado de Monet pelas cores. Esta sala era onde ele recebia amigos, familiares e outros artistas, muitas vezes discutindo ideias e tendências da época. Nas paredes, você encontrará uma coleção de gravuras japonesas, que Monet colecionava e que exerceram uma grande influência em seu trabalho, especialmente no que diz respeito à composição e à perspectiva.
A escolha do amarelo não foi por acaso. Esse tom vibrante contrasta lindamente com os verdes dos jardins que podem ser vistos pelas janelas, criando uma continuidade entre os ambientes internos e a natureza lá fora.
O Estúdio de Monet: O Coração Criativo da Casa
Embora Monet tenha pintado a maior parte de suas obras em um estúdio separado nos jardins, o estúdio dentro da casa é uma das partes mais emocionantes da visita. Neste espaço, você verá reproduções de algumas de suas obras mais icônicas, dando uma ideia de como o artista vivia cercado por suas próprias criações. Há uma simplicidade no estúdio, sem luxo excessivo, que reflete a dedicação de Monet à sua arte.
As paredes do estúdio são cobertas com quadros, estudos de cores e desenhos que ajudam a entender como Monet pensava e experimentava suas ideias. O estúdio em si é iluminado por luz natural, algo essencial para Monet, que acreditava que a luz era o elemento mais importante em seu trabalho.
O Quarto de Monet: Um Refúgio Pessoal
O quarto de Monet é um espaço mais tranquilo e privado, onde o artista podia descansar e refletir. Decorado de maneira simples, o quarto tem vista para o jardim, permitindo que Monet estivesse sempre em contato com a natureza. Ele mesmo dizia que o jardim era como uma extensão de sua alma, e essa proximidade é evidente até nos momentos de descanso.
A Influência do Japão: Coleções e Decoração
Monet era um grande admirador da arte japonesa, e sua casa em Giverny reflete essa paixão. Ao caminhar pela casa, você verá várias gravuras japonesas, que eram uma das grandes influências em seu estilo. Essas obras, muitas delas representando cenas de natureza, reforçam a conexão de Monet com o mundo natural e ajudam a entender o porquê de ele ter projetado seus jardins em Giverny com tanto cuidado e detalhe.
Esses cômodos da casa de Monet não são apenas espaços físicos; são janelas para a mente criativa de um gênio que buscava na sua própria casa e jardins a inspiração para suas pinturas. Com essa perspectiva, você entenderá melhor como a estética e a natureza eram fundamentais para a visão artística de Monet.
Os Jardins Famosos: Explorando os Lírios d’Água e a Ponte Japonesa
Ao sair da casa de Monet e entrar em seus jardins, você será transportado para um dos cenários mais icônicos da arte ocidental. Esses jardins foram cuidadosamente planejados e cultivados pelo próprio Monet, que os considerava uma extensão de sua paleta de cores. Cada canto foi projetado para criar composições naturais que mudam com as estações, permitindo que Monet encontrasse inspiração constante e pintasse suas famosas séries de paisagens, especialmente as cenas de lírios d’água.
O Jardim das Flores: Um Mundo de Cores e Contrastes
O primeiro espaço que você encontrará ao sair da casa é o Clos Normand, ou jardim das flores. Monet, que era tanto pintor quanto jardineiro, dedicou anos para transformar essa área em um espaço de diversidade e beleza impressionante. Esse jardim é um contraste de cores e texturas, onde você verá fileiras de flores cuidadosamente cultivadas e dispostas para criar harmonia visual.
No Clos Normand, Monet escolheu flores de diferentes alturas e tons vibrantes, como papoulas, íris, tulipas e dálias. Esse conjunto de cores é tão bem pensado que parece um quadro vivo, e ao caminhar por esses canteiros, você sentirá como se estivesse dentro de uma de suas pinturas.
Dica: A melhor época para ver o Clos Normand em todo o seu esplendor é na primavera (abril a junho), quando as flores estão no auge e as cores são mais intensas.
A Ponte Japonesa e o Lago de Lírios d’Água: A Alma do Jardim
Ao seguir pelo jardim, você encontrará o caminho para o Jardim d’Água, o espaço mais emblemático e talvez o mais famoso de Giverny. Inspirado pela arte japonesa, Monet construiu aqui um pequeno lago e decorou-o com a famosa ponte japonesa, pintada em verde suave, que é reconhecível em muitas de suas pinturas. Este espaço foi a fonte de inspiração para a série Nymphéas (Lírios d’Água), uma das obras mais aclamadas de sua carreira.
O lago é rodeado por salgueiros-chorões, bambus e arbustos que Monet plantou para criar uma sensação de isolamento e tranquilidade. Durante o verão, os lírios d’água florescem e cobrem a superfície do lago, refletindo o céu e as árvores ao redor. Essa cena, retratada incansavelmente por Monet, mostra sua obsessão em captar as mudanças de luz e sombra na água.
Dica para fotografar: Para capturar uma imagem que lembra as pinturas de Monet, vá de manhã cedo ou no final da tarde, quando a luz é mais suave e cria reflexos mágicos no lago.
As Estações no Jardim: A Natureza em Constante Transformação
Um dos aspectos mais fascinantes dos jardins de Monet é a forma como eles mudam com as estações do ano. Assim como o próprio Monet adorava observar e pintar as mudanças na natureza, os visitantes também podem vivenciar uma experiência diferente a cada época do ano.
- Primavera (abril a junho): As flores do Clos Normand estão no auge, com tulipas, narcisos e papoulas em plena floração. É a estação mais colorida e popular entre os visitantes.
- Verão (julho a agosto): É a época em que os lírios d’água no lago estão mais floridos, e a vegetação ao redor do Jardim d’Água está mais exuberante.
- Outono (setembro a outubro): As folhas começam a mudar de cor, criando uma paleta de tons quentes que adiciona uma nova dimensão ao jardim. Este é um período mais tranquilo para visitar.
- Inverno (novembro a março): Embora o jardim esteja mais adormecido, o ambiente tem uma calma única. A casa e os museus ainda podem ser visitados, mas os jardins estão geralmente fechados.
O Jardim Como Extensão da Arte de Monet
Para Monet, o jardim era muito mais que um local de contemplação: era uma extensão viva de seu estúdio. Ele passou décadas projetando e cuidando desse espaço para que ele refletisse sua sensibilidade estética e sua busca incansável pela beleza. Ao caminhar pelos jardins de Giverny, você verá o quanto a natureza e a arte estão interligadas, tornando o espaço um local onde realidade e pintura se encontram.
Esses jardins inspiraram algumas das obras mais importantes do Impressionismo e foram parte fundamental da vida e obra de Monet. Hoje, eles permanecem como um testemunho vivo do talento e da visão do artista, permitindo aos visitantes experimentar a sensação de imersão na beleza natural que tanto o fascinava.
Quando Visitar: As Estações nos Jardins e o Que Esperar
Escolher a melhor época para visitar os jardins de Monet em Giverny é uma das decisões mais importantes para quem quer aproveitar ao máximo essa experiência única. Como Monet projetou seus jardins para que eles se transformassem ao longo das estações, cada época do ano traz uma paisagem diferente e momentos distintos de contemplação.
Primavera (Abril a Junho): Um Espectáculo de Cores
A primavera é, sem dúvida, uma das melhores épocas para visitar Giverny. Nesta estação, os jardins ganham vida com uma abundância de flores e cores vibrantes, principalmente no Clos Normand, onde as tulipas, narcisos, papoulas e muitas outras flores estão no auge. O ar é repleto do perfume das flores, e o jardim das flores exibe um mosaico de tons vivos que encanta os visitantes logo na entrada.
Os dias são mais longos, permitindo que você explore a área com calma, e o clima é ameno, ideal para passear ao ar livre. Como a primavera é uma das estações mais populares, considere visitar durante a semana e chegar cedo para evitar as multidões.
Dica de viagem: Use calçados confortáveis e traga uma garrafa de água, pois há muitos pontos interessantes para explorar. Se possível, reserve os ingressos com antecedência, pois a alta demanda pode esgotá-los rapidamente.
Verão (Julho a Agosto): A Temporada dos Lírios d’Água
No verão, o Jardim d’Água se torna o protagonista em Giverny. Este é o momento em que os lírios d’água florescem, cobrindo a superfície do lago com suas flores delicadas e criando um efeito mágico ao refletirem a luz do sol. Monet era apaixonado pela imagem dos lírios na água e pintou várias versões desse cenário, fascinando-se pela dança das cores e pela beleza das sombras projetadas no lago.
O verão é também a estação mais verde dos jardins, com folhagens exuberantes e salgueiros-chorões em plena expansão. As temperaturas podem ser mais elevadas, mas a brisa do campo torna o passeio agradável.
Dica de viagem: O verão pode atrair grandes multidões, então tente programar sua visita para o início da manhã ou o final da tarde, quando há menos visitantes e a luz do sol cria reflexos belíssimos no lago. Leve um chapéu e protetor solar para se proteger do sol.
Outono (Setembro a Outubro): Uma Paleta de Tons Quentes
O outono em Giverny é um período mais tranquilo e encantador para os visitantes que preferem menos agitação. Embora as flores do Clos Normand já estejam em declínio, as árvores e os arbustos assumem tons de vermelho, laranja e amarelo, criando uma atmosfera que lembra uma pintura de Monet em tons terrosos. A ponte japonesa e o lago ficam especialmente charmosos com as folhas caídas ao redor, formando uma paleta de cores que difere dos vibrantes tons da primavera e do verão.
O clima mais fresco e as luzes suaves do outono adicionam uma atmosfera de serenidade ao jardim. Este é um ótimo momento para quem quer evitar as multidões e apreciar o local em um ritmo mais calmo e introspectivo.
Dica de viagem: O início do outono é ideal para evitar multidões, mas esteja preparado para possíveis chuvas leves. Traga uma capa de chuva e sapatos confortáveis para caminhar em solo úmido.
Inverno (Novembro a Março): A Paz do Jardim Adormecido
Durante o inverno, os jardins de Monet ficam fechados para visitação, e o cenário é de descanso para a flora de Giverny. As árvores ficam desfolhadas, e os lagos e jardins entram em um período de dormência. Embora o jardim em si não possa ser visitado, a casa e o Museu dos Impressionismos, também em Giverny, ainda podem ser explorados durante parte do inverno, oferecendo aos visitantes uma perspectiva diferente sobre a vida de Monet e sua arte.
Dica para quem visita no inverno: Planeje visitar a região no início da primavera ou espere até a reabertura dos jardins, que geralmente ocorre em abril. No inverno, aproveite para explorar outros pontos culturais na Normandia ou até em Paris, onde vários museus exibem obras de Monet.
Escolher a estação certa para visitar Giverny pode transformar a experiência, pois cada época oferece um “quadro” diferente, permitindo que você veja os jardins com os mesmos olhos que Monet os viu ao longo do ano.
Dicas para Aproveitar a Visita ao Máximo: O Que Saber e Onde Ir
Para quem quer tirar o melhor proveito da visita a Giverny, algumas dicas podem fazer toda a diferença na experiência. A casa e os jardins de Monet são destinos muito procurados, especialmente na alta temporada, então com um pouco de planejamento você conseguirá uma visita mais tranquila e significativa.
Chegue Cedo ou Visite ao Final da Tarde
Giverny é um destino popular entre turistas de todo o mundo, então os jardins podem ficar bastante movimentados, especialmente no auge da primavera e do verão. Para uma experiência mais tranquila e menos lotada, tente chegar logo na abertura, por volta das 9h30, ou visitar no final da tarde, quando o fluxo de visitantes diminui. Esses horários também oferecem uma luz natural que realça as cores dos jardins, perfeita para fotografias.
Dica extra: Reserve seus ingressos online para evitar filas e garantir sua entrada, especialmente se você planeja visitar durante a alta temporada.
Explore com Calma e Aproveite os Detalhes
Os jardins de Monet são um lugar para ser explorado com calma. Ao invés de seguir um roteiro apressado, reserve tempo para observar os detalhes. Sente-se próximo ao lago, admire a estrutura das flores, observe como a luz se reflete nos lírios d’água. Assim como Monet passava horas contemplando seu jardim para captar os detalhes em suas pinturas, permita-se vivenciar o espaço de forma contemplativa.
Evite os Finais de Semana
Se possível, opte por visitar Giverny em dias de semana. Os finais de semana costumam ser mais movimentados, tanto pela presença de turistas quanto por visitantes locais. Visitar durante a semana não só ajuda a evitar as multidões, mas também permite que você aproveite melhor o ambiente em silêncio e com menos interrupções.
Leve Um Guia ou Baixe um Aplicativo de Tour Guiado
Embora o local seja autoguiado, há diversas opções de guias e aplicativos que ajudam a enriquecer sua experiência. Um guia pode oferecer informações sobre o design dos jardins, as preferências de Monet na escolha das plantas e as influências japonesas que ele trouxe para o Jardim d’Água. Esse contexto histórico e cultural ajuda a entender melhor a mente do artista e a importância de cada detalhe no ambiente.
Aproveite para Visitar o Museu dos Impressionismos
A poucos minutos a pé da casa de Monet, o Museu dos Impressionismos é uma extensão natural para quem deseja mergulhar ainda mais no movimento que Monet ajudou a fundar. Este museu oferece uma variedade de exposições temporárias com obras de Monet e de outros artistas impressionistas, proporcionando uma visão mais ampla do contexto artístico da época. Além disso, o museu possui jardins que complementam a experiência de visita a Giverny.
Dica: O museu também conta com uma loja de souvenirs e uma cafeteria, onde você pode fazer uma pausa e desfrutar de uma refeição ou um café em um ambiente tranquilo.
Explore a Vila de Giverny e Conheça os Cafés Locais
Depois de explorar a casa e os jardins de Monet, reserve um tempo para passear pela charmosa vila de Giverny. Embora pequena, a vila possui cafés e restaurantes charmosos onde você pode relaxar e experimentar especialidades francesas. Uma boa opção é o Hotel Baudy, que costumava ser um ponto de encontro para artistas que visitavam Monet e hoje serve refeições em um ambiente que preserva o charme histórico do local.
Fotografe com Respeito
Embora seja tentador fotografar cada detalhe, lembre-se de que os jardins são um espaço que muitos consideram sagrado. Tente não obstruir o caminho dos outros visitantes e respeite as áreas onde o uso de flash ou tripés pode ser restrito. Aproveite para capturar imagens, mas também para viver o momento sem a câmera.
Levando a Inspiração Para Casa: Refletindo Sobre o Mundo de Monet
Ao fim da visita, você provavelmente sentirá que a casa e os jardins de Giverny oferecem muito mais do que belas paisagens e flores vibrantes. Eles representam uma imersão no universo de Claude Monet e um vislumbre de como a natureza e a arte se entrelaçavam em sua vida. Monet enxergava o mundo como uma paleta de cores em constante transformação, onde cada raio de luz trazia novas nuances e profundidade. Em Giverny, ele deu vida a essa visão, criando um espaço onde a beleza natural e o design cuidadoso se uniam como uma verdadeira obra de arte.
Uma Experiência Além dos Museus
Visitar um museu e ver as pinturas de Monet é, sem dúvida, uma experiência enriquecedora, mas caminhar pelos jardins que ele projetou é algo mais íntimo e profundo. Em Giverny, você se aproxima do processo criativo do artista, vendo de perto as inspirações que alimentaram seu trabalho. O jardim não é apenas um pano de fundo para as pinturas de Monet; ele é parte essencial de sua obra. Cada flor, cada reflexo no lago, cada sombra é um detalhe que Monet valorizava e imortalizava em suas telas.
Esse contato com a “arte viva” de Monet pode mudar a maneira como você vê o Impressionismo, pois permite que você experimente o que ele experimentava, vendo a natureza com o mesmo fascínio e respeito que ele tinha.
A Beleza da Natureza e o Olhar Atento
Ao passear pelos jardins e observar cada detalhe, muitos visitantes saem de Giverny com uma nova apreciação pela simplicidade e pelo valor do que está ao nosso redor. Monet acreditava que a beleza estava na natureza e que capturá-la era uma forma de arte. Essa ideia pode ser inspiradora em nossa vida cotidiana – ao caminhar em um parque, admirar um pôr do sol ou mesmo notar as flores de uma praça.
Assim como Monet, você pode se surpreender com a riqueza de cores e formas que a natureza oferece, mesmo nas cenas mais simples. Muitos visitantes relatam que, depois de Giverny, começam a observar o mundo com um olhar mais atento, apreciando os detalhes e as nuances que antes passavam despercebidos.
Trazer o Espírito de Monet Para o Dia a Dia
A experiência em Giverny também pode ser uma fonte de inspiração para aqueles que buscam criatividade e serenidade. Monet passava horas em seus jardins, contemplando as cores, as texturas e as mudanças sazonais. Esse tempo de contemplação não era apenas uma pausa; era uma parte importante de seu processo artístico. Talvez a maior lição que Giverny ensina é a importância de reservar tempo para observar, para desacelerar e permitir-se absorver o ambiente.
Ao retornar de Giverny, leve consigo o espírito de observação e de paciência que Monet cultivava. Em nosso mundo agitado, desacelerar e apreciar o que está ao redor é um ato de criatividade e cuidado pessoal.
Giverny Como Fonte de Inspiração Pessoal e Artística
Independentemente de você ser um artista ou apenas alguém que ama a natureza e a arte, a visita a Giverny deixa uma marca profunda. Muitos visitantes saem do local sentindo-se renovados e inspirados, prontos para aplicar em suas próprias vidas a calma e a beleza que encontraram ali. Seja cultivando um pequeno jardim, seja expressando-se através de um hobby criativo, Giverny oferece uma conexão com o mundo natural que desperta a sensibilidade e o desejo de criar.
A Essência de Monet em Giverny
Visitar Giverny é muito mais do que um passeio turístico; é uma viagem ao coração e à mente de um dos maiores artistas do mundo. Monet transformou sua casa e seus jardins em um reflexo de sua alma artística, oferecendo-nos a chance de caminhar pelos mesmos espaços que ele caminhou, ver o mundo como ele viu, e sentir, mesmo que por um momento, o que ele sentia ao observar a natureza.
Giverny é um convite a todos para vivenciar a simplicidade, a beleza e a profundidade da natureza, algo que vai além das telas e toca o cotidiano. Após sua visita, você sairá não só com fotos e memórias, mas com uma nova perspectiva sobre o que é belo e essencial.